Certamente na casa onde você mora existem canos por onde passam água corrente, não é mesmo? Quando usa o banheiro, lava pratos ou roupas, você percebe que a água manda embora a sujeira que você deixou ali. Bom, uma coisa você tem certeza: tudo aquilo vai para algum lugar e não sentirá o mal cheiro, nem correrá o risco de adoecer. Isso é o que chamamos de Saneamento Básico.

Mas quando isso não acontece? Quando não há canos, nem depósitos e tratamento para toda essa água utilizada? Infelismente muitas cidades pobres enfrentam a falta de saneamento e os esgotos ficam à céu aberto convivendo com as pessoas, além de poluirem os rios e bacias hidrográficas. Podemos ter ideia do quanto é insuportável viver nessas condições, quando por exemplo, um cano na nossa casa estoura. Agora, imagine dormir e acordar todo dia com um esgoto na porta de casa.

De acordo com Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, lançado no final do Março, pelo Governo Federal, temos uma cobertura de esgoto de 80,5 %. Na região Norte, o percentual de pessoas que moram em casas com saneamento adequado é de 45,2%. Já no Centro-Oeste é de 50,4%, no Nordeste de 64,2% e no Sul de 78,4%.

A região Sudeste, que é a mais rica do país, atingiu 90,6% de pessoas que possuem saneamento. Porém, esta evolução ainda deixa muita gente vivendo sem tratamento do esgoto. São pelo menos, 31 milhões de pessoas que hoje sofrem com esta falta. Países como a Palestina (84%), Jamaica (82%) e Filipinas (81%) estão visivelmente à frente do Brasil, neste quesito.

Na área rural esta diferença se acentua ainda mais. Em 1992, 89,7% não tinha tratamento de esgoto. No ano de 2008, mudou para 76,9%. Os 23,1% de moradores rurais atendidos com tratamento da água é inferior á da zona rural de Sudão (24%), Nepal (24%), Nigéria (25%), Afeganistão (25%) e Timor Leste (32%), de acordo com dados da ONU.

A meta eles (ONU) é diminuir este percentual de pessoas desprovidas de saneamento básico pela metade. Até 2015, os esforços são para que familias consigam viver com melhores condições sanitárias, tanto nos grandes centros urbanos, quanto nas áreas rurais do país.

Jornalista: Elayne Bione

Fontes: PNUDBlog meio ambiente