Nunca nadei no Capibaribe. Na verdade não me lembro de ter nadado em nenhum rio desde que nasci. Primeiro porque não sei nadar. Segundo porque, depois que eu nasci, a situação do Capibaribe, e de outros rios que passam pelo Recife e Olinda, nunca foi muito apropriada para banho.

Na verdade sempre fui uma menina urbana e minha relação com o mato e com a natureza, por muito tempo se restringiu a algumas idas à praia e de vez em quando um final de semana na casa de campo de uma tia em Aldeia.

Mas aí eu cresci e resolvi estudar comunicação audiovisual. A partir deste momento, comecei a prestar mais atenção no que a mídia falava sobre o desmatamento da Amazônia, o aquecimento global, o aumento do buraco na camada de Ozônio e a extinção das baleias Azuis do Atlântico Norte.

Para mim, que sou moradora de Olinda – Pernambuco – Brasil, tudo isso parecia tão distante, tão fora da minha realidade e por esta razão comecei a me perguntar: o que essas histórias todas tinham a ver comigo?

Foi aí que comecei a entender, que não precisava ir tão longe pra ver como o aquecimento global e o desmatamento da Amazônia se refletiam aqui em Pernambuco. Foi aí que percebi minha escala na dimensão destas questões todas e resolvi junto com essa galera aí do lado,lançar o desafio de nadar no Capibaribe.

Atualmente, sou diretora das “Cápsulas Verdes” , programetes de 3 minutos , que você pode assistir todos os domingos na Tv Universitária – canal 11-Recife, no intervalo do Repórter Eco ( entre 16h30 e 17h). As Cápsulas são reprisadas durante a semana em diversos horários da grade da programação da TVU e também podem ser vistas no nosso site.